SP inicia obras de conjunto habitacional na região do Brooklin

Após três anos de espera, a Prefeitura de São Paulo deu início a uma das maiores obras de urbanização da capital em um terreno da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, na região do bairro do Brooklin, área nobre da Zona Sul, onde existia a favela do Jardim Edite. No local será construído um conjunto habitacional para mais de 200 famílias.

O conjunto terá apartamentos com cerca de 50 metros quadrados, com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Serão distribuídos em um pavilhão de cinco andares, em três torres, com 16 andares e elevadores. O projeto prevê ainda unidades de saúde, creche e um restaurante-escola. A obra de R$ 40 milhões deve terminar em junho do ano que vem.

Contudo, a retirada dos moradores ainda não terminou. Pelo menos quatro famílias provaram ser donas de parte do terreno e querem uma indenização maior do que a oferecida pela Prefeitura. A briga está na Justiça.

Os vizinhos à obra também reclamam que vender ou alugar as casas ficou bem mais difícil. As casas não foram desapropriadas, mas a Prefeitura mudou as regras de ocupação da área que passou a ser considerada zona especial de interesse social.





“Infelizmente eu estou impedida de alugar, fazer alguma coisa comercial por causa do zoneamento que a Prefeitura decretou aqui”, reclama Lídia Montresol, auxiliar de farmácia.

A Prefeitura de São Paulo informou que não vai voltar atrás sobre a decisão que mudou as regras de zoneamento para as casas em frente à obra. Por isso, novos prédios e imóveis comerciais continuam proibidos.

Ocupação
O terreno era ocupado por 800 famílias da antiga favela do Jardim Edite. Em 2005, a área começou a ser desocupada para a construção da Ponte Octavio Frias de Oliveira. A retirada dos moradores foi acelerada por causa de um incêndio, há três anos.

As famílias foram indenizadas com dinheiro para voltar para a terra natal ou comprar outro imóvel. Mas nem todos os moradores aceitaram as opções. Eles têm escritura e comprovaram ser donos.

Segundo os moradores, a prefeitura ofereceu R$ 1 mil por metro quadrado. Para eles, o preço de mercado é bem mais alto – R$ 8 mil. A Secretaria de Habitação afirmou, em nota, que espera a decisão final e que vai “acatar a determinação e pagar o valor estipulado pela Justiça”.

Fonte: G1





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