Uma casa no bairro Brooklin, na Zona Sul de São Paulo, a menos de 100 metros de uma escola, funcionava como laboratório de drogas e ponto de distribuição. Nesta quarta-feira, a polícia chegou ao local, na Rua Francisco Dias Velho. Sete mulheres foram presas. Elas trocaram empregos de diaristas, merendeira, auxiliares e operadora de caixa para ganhar R$ 500 por semana para misturar e embalar cocaína e crack.
Segundo a polícia, Edson Resende de Andrade, de 33 anos, montou o laboratório na cozinha de casa. Também instalou um circuito de câmeras de segurança para acompanhar a movimentação do lado de fora.
– Era um local acima de suspeita – disse o delegado Marcio Martins Mathias, do Grupo de Combate a Facções do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), unidade responsável pela ação.
Andrade foi preso quando negociava uma encomenda no estacionamento de um hipermercado na Marginal Pinheiros. Os policiais abordaram Andrade e o auxiliar de escritório Gilmar de Oliveira Ribeiro, de 36 anos. Com ele, os policiais chegaram ao imóvel sem alertar as mulheres. Elas não reagiram ao serem flagradas misturando e embalando cocaína.
No local foram presas as diaristas Maria Fernanda de Jesus dos Santos, de 28 anos, Luciene de Jesus, de 31, e Maria Edinira Alves, de 45, a operadora de caixa Tatiane dos Santos, de 23, a merendeira Cibele Costa Moreira, de 24, a atendente Daniele Gomes, de 36, e a auxiliar Expedita Joelma Silva Gomes, de 18. Elas foram unanimes em admitir a atração pelo ganho em dinheiro. Os policiais apreenderam no local no mínimo 20 quilos de cocaína e uma pistola Glock calibre .380. Todos foram autuados por tráfico de drogas.
Fonte: O Globo