A Prefeitura vai desapropriar 53 lotes no eixo Brooklin – Campo Belo, na zona sul da capital, para fazer o alargamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho ao longo dos seus 5.100 metros. As remoções atingem 107,6 mil metros quadrados, área equivalente ao tamanho do Parque da Água Branca, na zona oeste, e constam da Operação Urbana Água Espraiada, que foi aprovada em 2001 pela Câmara Municipal.
Postos de gasolina, lojas e trechos de condomínios de casas e de prédios residenciais estão entre os estabelecimentos que podem ser desapropriados brevemente. Também poderão ser removidos galpões com 10 mil metros quadrados e sobrados em terrenos com 40 metros.
Com o decreto publicado ontem, o governo delimitou a área de intervenção na avenida antes mesmo de o projeto básico de toda a obra ser concluído. Na prática, todos os imóveis listados passam a ser considerados de utilidade pública e podem ser futuramente usados na operação. Esse projeto também prevê, além do alargamento e da construção de vias de acesso aos bairros que cruzam a Roberto Marinho, um túnel de 2,7 quilômetros até a Rodovia dos Imigrantes e uma avenida-parque.
Procurado, o governo municipal informou que a implementação de vias locais de ligação à Roberto Marinho, no trecho do Brooklin, tem como objetivo restringir o acesso à avenida, “cuja concepção de via expressa será mantida”. O alargamento também visa a “minimizar os impactos decorrentes do aumento do tráfego da avenida”.
A construção das pistas locais é uma reivindicação antiga de moradores do Campo Belo e Brooklin. Quando for concluída sua extensão até a Imigrantes, a Jornalista Roberto Marinho deverá transformar-se em via expressa, mas com pistas locais. Um dos objetivos é evitar que o trânsito das outras pistas seja atrapalhado pelo tráfego de caminhões.
Fonte: Agência Estado