Preso com fuzis faz parte de quadrilha que age no Brooklin

O homem de 31 anos que foi preso com dois fuzis em um carro de luxo na tarde de quarta-feira (30), em Cidade Ademar, na Zona Sul de São Paulo, é um dos chefes de uma das principais quadrilhas de roubo a residências que age principalmente em bairros nobres da capital, como bairro Morumbi, bairro Brooklin, bairro Moema e bairro Jardins, todos também na Zona Sul de São Paulo, de acordo com delegado Márcio Martins Mathias, do Grupo de Combate a Facções Criminosas do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic).

“Ele é investigado há um mês por participação em uma facção criminosa. Não é possível dizer que ele é o chefe da quadrilha, mas é uma peça importante, tanto que lhe foi confiado o transporte deste armamento”, disse Mathias. Segundo o delegado, o homem tem passagens por tráfico, porte de arma e receptação.

Além disso, o carro que dirigia no momento da prisão, um utilitário de luxo Dodge Journey de 2008, avaliado em cerca de R$ 70 mil e com placas clonadas, segundo a polícia, tinha sido roubado em setembro. No entanto, o suspeito negou todos os crimes, inclusive a posse das armas, segundo o delegado. O proprietário do veículo roubado foi ouvido nesta quarta e não reconheceu o suspeito.





Além dos dois fuzis calibre .556 e uma pistola .380, foram apreendidos pela polícia no carro dois coletes, munições, relógios, joias e um macaco hidráulico portátil, com capacidade levantar seis toneladas que seria utilizado para arrombar portas e cofres.

Segundo o delegado, uma das características da quadrilha é a de circular pelas áreas nobres onde costumam praticar seus crimes sem chamar a atenção da polícia. “Para isso, eles andam bem vestidos e procuram roubar carros de luxo. Um carro desses não chama a atenção nestes bairros. Além disso, ele é bem articulado, se expressa bem e não usa gírias. Se na abordagem policial, não for feito uma vistoria bem feita ele é liberado com facilidade”, disse Mathias.

No entanto, nas ações criminosas costumam recorrer ao terror e a ameaças. “Com armamentos deste porte, a pessoa se sente ainda mais intimidada e entrega os seus bens”, afirmou. Na sequência da investigações, com os produtos roubados e a divugação da imagens do suspeito, a polícia espera que vítimas o reconheçam como praticante de outros crimes. Um dos fuzis, por exemplo, segundo o delegado, pode ter sido roubado de um colecionador de armas.

Fonte: G1





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